Gepid na #JornadaNacional

Pela 6a vez, o Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital [http://gepid.upf.br], e os projetos Mutirão pela Inclusão digital [http://mutirao.upf.br] e Kit escola Livre [http://kelix.upf.br], participam das atividades do maior evento da Universidade de Passo Fundo, a Jornada Nacional de Literatura.

O Gepid desenvolve estudos e pesquisas acerca da necessária ampliação teórico-conceitual do termo inclusão digital na sociedade contemporânea, concebida como um problema típico das sociedades tecnológicas contemporâneas, complexas e plurais, dos diferentes fenômenos sócio-educacionais da cibercultura e das metodologias e tecnologias emergentes na área. Toma a informática como uma das formas contemporâneas de linguagem, investigando o significado da formação pedagógica e do trabalho pedagógico no contexto da inclusão digital e, em sentido mais amplo, da informática educativa.

Neste ano, a participação do Grupo se reveste de maior importância uma vez que o tema centra da Jornada Nacional de Literatura é “Leitura entre nós: redes, linguagens e Mídias. Questões fundamentais das discussões teóricas e das pesquisas realizadas em seu interior.  grupo tem sua origem multidisciplinar e é aberto a alunos e professores dos diversos cursos da UPF e da comunidade. Suas reuniões de estudo dirigido acontecem nas 5as-feiras à tarde, mas suas atividades de pesquisa se desenvolvem em todos os dias da semana, nos três turnos. Participe através de nossos espaços de interação como pesquisador ou colaborador:
Sala 01 do subsolo do prédio B5 – LCI
Site: http://gepid.upf.br
Twitter: @gepidupf
Facebook: Gepid Upf



Alunos pesquisadores do Gepid participam das operações do Projeto Rondon

O Projeto Rondon é uma iniciativa do Ministério da Defesa que conta com a parceria de instituições de ensino superior para se realizar e busca oferecer aos estudantes universitários a oportunidade de conhecer a realidade do Brasil mais carente e interagir com populações de diferentes culturas. O Projeto Rondon. No ano de 2011, dos 16 selecionados, 2 são alunos pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital e colaboradores do projeto Mutirão pela Inclusão Digital.

Julian Corato, aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, é aluno de Iniciação Científica da UPF e bolsista de extensão inovadora do CNPq no projeto Espaço Kelix de Inclusão Digital. Laís Mezzomo, é aluna da pedagogia, pesquisadora do Gepid e estagiária do Projeto Mutirão pela Inclusão Digital. Confira as suas impressões sobre a experiência:

Laís Mezzomo – Pedagogia

Como foi a experiência no Rondon? A experiência de vida que adquirimos depois de participar deste projeto, sem dúvida é apenas conseqüência de todo o processo vivenciado no município de Ladário/MS destino do Projeto Rondon – Operação Arara Azul. Estar em contato e trocar experiências com pessoas que vivem de outra forma, e em uma realidade diferente foi sem sombra de dúvidas o foco de todo o crescimento e auto-conhecimento adquirido. Levamos a uma comunidade novos olhares, novas perspectivas e outras experiências, bem como possíveis soluções e colocamos em discussão de modo que cada pessoa presente nas oficinas pudesse expor e relacionar com a sua realidade, conversar de forma sincera e aberta sobre tudo aquilo que preocupa, instiga aquele povo. Mais do que uma lição de vida e de cidadania, o projeto Rondon significa Transformação. Transformação na maneira de ver o mundo, de construir e intensificar as relações pessoais, de agir perante determinada situação, enfim, de viver. O projeto Rondon significa Responsabilidade Social, pois o trabalho realizado em alguns dias com algumas pessoas se tornou uma prática diária em todo e qualquer lugar que venha a necessitar de mais atenção, direta ou indiretamente. Destaco que esta experiência foi fundamental para a minha vida social e profissional, dentro da minha mochila, voltou muito mais do que alguns objetos materiais, pois a missão que tive durante estes 15 dias, tornou-se agora, a minha missão de vida.

Como você avalia a importância de sua participação no projeto Rondon?
Tive a oportunidade impar de trocar saberes e experiências com educadores, gestores, estudantes e demais profissionais da educação, a fim de conversar, expor abertamente idéias, discutir e buscar alternativas possíveis para o lugar e a demanda existente. Assim, os participantes que estavam presentes no primeiro dia do curso de educação, não eram os mesmos que saíram no último dia, bem como eu não era mais a mesma. Crescemos juntos, e o principal é que acredito ter alcançado um dos principais objetivos que era instigar, pôr em questionamento toda e qualquer ação pedagógica desenvolvida. Era fazer com que aqueles educadores pensassem de fato no seu dia-a-dia na escola, incentivando-os na difícil missão de sair da zona de conforto, sair do “mesmo” e buscar novas e melhores alternativas para o melhoramento do ensino.  Para a minha formação foi excelente dividir todos os conceitos e premissas muito utilizadas e ressaltadas no curso pedagogia e muitas vezes esquecidas por nós, professores. Acredito que muito serviu para que repensássemos o nosso verdadeiro papel de responsabilidade na formação do ser humano.

Como os conhecimentos gerados dentro do Mutirão e da pesquisa auxiliaram vocês nas atividades?
Através dos relatos que fizemos sobre espaços de pesquisa e dos projetos de extensão da Universidade de Passo Fundo, bem como a atividade do acadêmico dentro deles, serviu como fonte de idéia e de motivação para as práticas educacionais do município. O conhecimento gerado dentro do GEPID e do Mutirão, foram importantíssimos para o desenvolvimento do trabalho, visto que muito foi destacado a importância de ser um professor pesquisador e o quanto a pesquisa desperta o raciocínio crítico, a investigação, a indagação a respeito daquele problema que necessita descobertas. Debatemos muito a respeito da importância da pesquisa na escola, em como estimular os alunos a buscarem o conhecimento cientifico e a relacioná-lo com as situações práticas do dia-a-dia. Deste modo a minha experiência com a pesquisa, como a de outros colegas que também realizam em suas universidades, trouxe novas maneiras de realizá-la, dentro das possibilidades e limites de cada escola. Nas oficinas com os idosos do município, pude conversar relatar e trocar experiências a respeito da minha atividade com a mesma faixa etária dentro do Mutirão pela inclusão Digital, sobre as possibilidades e peculiaridades da aproximação dos mesmos com as novas tecnologias, os medos e os desafios de apropriar-se de uma tão presente ferramenta: o Computador. O Mutirão e a Pesquisa auxiliaram para que todo o processo fosse muito mais significativo, visto que a troca de desafios, dúvidas e práticas nos traz novos e diferentes caminhos a serem percorridos.

Julian Corato – Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Como foi a experiência no Rondon? Participar do projeto Rondon foi uma grande experiência que nos dá uma visão diferente da realidade do nosso país conhecendo uma região nova, com suas belezas naturais e costumes, onde faz com que veja na população participante a vontade de mudar a realidade que estão acostumados.
No projeto Rondon você desenvolve mais o lado humano e consegue superar os desafios que venham aparecer, interagindo com a comunidade não importa idade, passando o conhecimento que você tem não importa como e sentido o carinho de todos.

Como vc avalia a importância de sua participação no projeto Rondon?
A participação no Projeto Rondon, me possibilitou outra visão de vida, onde com o convívio em equipe, os trabalhos com a comunidade alvo, pude ver de perto as angústias de um povo e, felizmente ajudar de alguma forma, á quem muito precisava e precisa. Confesso que da um certo desespero no começo, de como desenvolver nossos trabalhos e se isso fará alguma diferença na vida daquelas pessoas, mas conforme passa o tempo, e na verdade ele voa, as coisas vão se endireitando e fluindo perfeitamente, onde voltamos com um gostinho de quero mais.

Como os conhecimentos gerados dentro do Mutirão e da pesquisa auxiliaram vcs nas atividades?
Os conhecimentos do Projeto Mutirão pela inclusão digital puderam ser testados na prática em uma realidade muito diferente da nossa, muito mais pobre e necessitada, que me mostrou ainda mais a importância da inclusão digital em nosso pais. Pude ver muitas coisas na pratica que muitas vezes só tinha lido ou ouvido falar, uma da que mais me chamou atenção e posso citar é a melhora da auto estima dos idosos ao entrarem em contato com o computador, usando-os da mesma forma que seus filhos e netos, isso realmente renova a alegria e vontade de viver dessas pessoas.
Realmente para mim o Rondon foi o encontro para ocorrer as multiplicações de saberes, onde não importam mais as teorias e nem as conhecimentos técnicos, mas sim o que você realmente está disposto a fazer pelo seu próximo.