Inclusão digital reúne mais de 400 pessoas em evento

Na noite do dia 08 de outubro, realizou-se o encerramento do Seminário Regional de Inclusão Digital e Software Livre, cujo objetivo foi aprofundar as reflexões acerca de Inclusão Digital e Software Livre, a partir de momentos de socialização de experiências, discussão do contexto social e reflexão sobre a realidade regional, sempre buscando estabelecer parcerias e fomentando ações que venham a contribuir para o desenvolvimento deste tema na região.

O evento é uma das ações previstas dentro do projeto Mutirão pela Inclusão Digital [http://mutirao.upf.br], e neste ano teve a colaboração do Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital [http://gepid.upf.br] e, em  sua 5ª edição, congregou mais de 400 pessoas  em um fórum privilegiado com vistas à qualificação dos processos de inclusão digital, ao fortalecimento da opção por software livre e à consolidação da informática educativa como espaço legítimo de inclusão.

O Seminário reuniu um público oriundo de 47 municípios do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina. As atividades que tiveram início na quarta-feira, dia 6 de outubro, e se estenderam até dia 8, tiveram como tema central “Construindo a nossa cibercidadania”. Dentro deste contexto, foram 5 oficinas realizadas com cerca de 79 participantes distribuídos nos turnos da manhã e da tarde e 6 painéis temáticos dos quais participaram aproximadamente 86 pessoas.

A abertura do evento foi sucedida pelo coral da Escola Estadual Passo Fundo, antiga Escola Aberta. Logo após o Prof° Dr. Gláucio José Couri Machado da Universidade Federal do Sergipe (UFS), proferiu a palestra “Pensar…repensar a utilização da Internet como instrumento para Educação e para a formação de ‘Cibercidadãos'”, para uma platéia de 204 pessoas. A segunda noite do evento foi marcada pela fala da Profª Drª. Marie Jane Soares Carvalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que refletiu sobre “Metodologias de Ensino na era digital” e foi prestigiada por 203 participantes. A última noite do evento contou com a participação do Prof. Dr. Nelson Pretto da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que direcionou sua conferência a tópicos relacionados à “Escola como Espaço de Inclusão Digital”, fala assistida por mais de 150 pessoas.

Na avaliação do prof. Adriano Teixeira, o sucesso do evento se deu não somente pelo expressivo público e pelas temáticas tratadas mas pelo trabalho realizado a mais de 7 anos pelo projeto de extensão Mutirão pela Inclusão Digital e das discussões realizadas no interior do GEPID. Teixeira continua, salientando a importância da parceria da UPF com a Prefeitura Municipal de Educação e, em especial, o trabalho competente de professores e alunos que participam do Mutirão pela Inclusão Digital e do grupo de pesquisa.

Comunidade regional debate inclusão digital e software livre

Mais de 350 pessoas de dezenas de municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estão reunidas na Universidade de Passo Fundo (UPF) com a intenção de trocar experiências, fomentar ações e contribuir para o aprimoramento de processos de inclusão digital e software livre no contexto sócio-educacional. As ações integram a quinta edição do já tradicional Seminário Regional de Inclusão Digital e Software Livre, que iniciou na quarta-feira (6) e se estende até este dia 8 de outubro, no auditório do Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg). Construindo a cibercidadania é o tema do evento, que tem na programação oficinas, painéis e palestras.

A promoção das atividades é dos projetos Mutirão pela Inclusão Digital, Kit Escola Livre e Grupo de Estudos e Pesquisas em Inclusão Digital. Na abertura da programação, o Coral da Escola Estadual de Passo Fundo se apresentou aos participantes, que acompanharam também a palestra Pensar…repensar a utilização da Internet como instrumento para Educação e para a formação de “Cibercidadãos”. O tema foi abordado pelo professor Dr. Gláucio José Couri Machado, da Universidade Federal de Sergipe.

De acordo com o palestrante, é necessário fazer uma discussão mais profunda da ocupação do ciberespaço, no sentido da inclusão digital de todos. “As pessoas do mundo precisam ocupar este espaço e fazer dele um ambiente voltado para o bem e para a aquisição de uma cidadania”, afirmou. Machado alertou, porém, que o ciberespaço também reproduz a realidade do mundo físico, por isso, concentra a questão da pedofilia, dos blogs pornográficos, dos sites ligados ao mal e dos spams. Sobre a utilização do ciberespaço na educação, segundo ele, a grande questão é preparar os professores para um trabalho efetivo. “Esse preparo não existe, é um campo muito limite na discussão intelectual da formação de professores”, argumentou, avaliando que é preciso uma construção nacional no sentido de habitar o ciberespaço em favor do bem.

Na mesma linha de raciocínio, o coordenador do evento, Adriano Teixeira, lembrou da parceria entre UPF e Prefeitura de Passo Fundo, com os trabalhos de informatização nas escolas do município “Com a finalização da instalação de laboratórios em todas as escolas da rede municipal, já estamos pensando e debatendo como fazer para que esses laboratórios possam de fato representar melhoria na qualidade de aprendizagem dos alunos”, referiu. Teixeira salientou também que o seminário é fruto do trabalho e da história de sete anos do Mutirão pela Inclusão Digital, que já atendeu a mais de mil pessoas em seus cursos, oficinas e ações.

Envolvimento com a comunidade

A solenidade de abertura do seminário contou com a presença de autoridades, alunos e professores universitários e de escolas públicas e particulares. O presidente da Fundação UPF, Jocarly Patrocínio de Souza, destacou que a abrangência do evento mostra a ação da UPF na sociedade. “Este é um dos grandes diferenciais que temos enquanto universidade, ter um processo de interação com as comunidades, com a sociedade, se envolvendo com seus problemas e propondo soluções”, observou.

Na opinião da coordenadora de Assuntos Comunitários da UPF, Bernadete Dal Molin, o fio condutor do seminário é o projeto de extensão Mutirão pela Inclusão Digital. “É uma iniciativa muito além da inclusão digital, é de inclusão social, um projeto que traz elementos fundamentais de ampliação da cidadania, que traz a possibilidade de interlocução das crianças, professores adultos, idosos com esse mundo que hoje anda em velocidade impar”, observou. De acordo com Bernadete, é uma satisfação ter uma universidade que desenvolve projetos de extensão dessa natureza, e que os articula com ensino, pesquisa e com a comunidade.

O diretor do Iceg, Cristiano Cervi, reiterou, igualmente, a importância do projeto Mutirão pela Inclusão Digital, dizendo que é uma ação que merece destaque além das fronteiras regionais. “A inclusão digital é uma área importante em todo o país e que ainda têm muitos desafios a serem superados. Experiências como a da UPF são exemplo”, esclareceu. Cervi desejou um evento de aprendizado a todos os participantes.

A representante da Secretaria de Educação, Marines Sivério, assegurou a importância da parceria com a UPF, destacando que acadêmicos vão as escolas e geram conhecimento sobre a realidade, indicando caminhos aos investimentos. Segundo ela, até o final do ano, as 36 escolas da rede estarão informatizadas, e o grande desafio continua sendo trabalhar a educação continuada dos professores. “Professor incluído é aluno incluído, por isso, mostramos aos professores que é possível trabalhar de forma pedagógica com os recursos digitais”, constatou.

Todos os detalhes do evento podem ser conferidos no endereço eletrônico http://inf.upf.br/~inclusao.

Assessoria de Imprensa UPF

Fotos: Cristiane Sossella